
Quero falar de mim e dos meus filhos.
A cada dia que passa, estando perto ou longe dos meus pequenos, eu percebo que sou um grande felizardo por tê-los. Na verdade, me sinto especial mesmo, porque sei bem o caminho que tive de trilhar para que eles hoje estivem aqui e como fui, e sou, um lutador para que este caminho fosse/seja o melhor possível. Digo lutador, porque não tenho problemas de modéstia, tampouco seja soberbo a ponto de me sentir vitorioso, embora seja por ela, a vitória, que eu esteja procurando.
Sim! Vou ser super cliche e utilizar todo o vernáculo comum para dizer que amo ser pai e pai de meus filhos, do jeito que são, com a nossa história, do nosso jeito.
Hoje convivemos um pouco menos e a alegria de tê-los, o pouco que seja, me move a uma corrida, por vezes, cruel de acelerada, para levá-los à vida. Quando os levo à escola, por exemplo, muitas vezes esta é a única hora que temos juntos e juro, que nessa hora, tento ser, o brincalhão que chega fazendo festa, o responsável que lembra do uniforme e afins e o chato que corre atrás, prá lá e prá cá, num puxar de orelhas frenético, para entregá-los, apesar de tanta resistência, aos braços do conhecimento formal.
Por outro lado, confesso, o ranso da vida, as vezes, também faz emergir comportamentos intolerantes e impacientes que pouco contribuem na formação do cidadão do bem, e muito atrapalham, naqueles parcos 60' de alegria, a construção de uma convivência de amor profundo e respeitoso. Conflitos! Muitos conflitos!
Eis a batalha. Ganha sim a metáfora do lutador porque é só a coragem daquele que entrega a vida, seja lá como, que explica isso tudo. De verdade, espero acertar. Que venha o futuro, que perdure o amor. Sempre!