
Eu perdi a inocência há muito tempo.
Claro que continuo não enxergando um palmo a minha frente, mas burradas, acertos e tentativas me fazem atento a possíveis cabeçadas e tropeços.O que me impressiona é ver que ainda há inocentes ao meu redor.
Os inocentes são impressionantemente felizes, diria até mágicos. Quando a vida tenta maltratá-los, com sua bondade de coração, eles conseguem ludibriá-la e fazê-la sorrir junto deles, como se ela mesma, a vida, fosse no fundo uma festa à la Baco. São como crianças no circo: apesar do contido espaço em que são colocadas, elas se expandem em sorrisos, gritos e pipocas por um tombo, um susto ou o chorar mascarado de um palhaço, que nas metáforas da vida é, em última análise, ela mesma.
Quisera eu ser assim. Como os pequeninos, os herdeiros do reino.
Talvez meu silêncio cessace e minhas reflexões teriam mais sentido.
Só não abro mão de uma coisa: tê-los por perto faz a vida bem mais interessante.
Um brinde ao inocente!
Quem dera pudéssemos manter nossa inocência para todo o sempre, ou pelo menos enquanto vivêssemos. Talvez nossas atitudes e nosso modo de agir fizessem do mundo um lugar melhor do que ele é hoje. Em troca, ganhamos experiência. E ela, sim, nos faz perceber que podemos ser como os inocentes, porém mais vividos e atentos graças à vivência adquirida. Basta querer.
ResponderExcluirJá nas primeiras linhas, adorei a abordagem. Excelente reflexão sobre os inocentes. Voltarei pra ler com calma o seu blog. Agora são 3 da manhã e não tenho mais idade pra essas farras. :p
ResponderExcluirBeijo, Daniela (amiga da Malu, do Zé e, por que não dizer, sua amiga também)