quinta-feira, 30 de abril de 2009

O recomeço, o medo e a fantasia


Na vida, todo dia temos a chance do recomeço. O passado não mais existe, lá ficou! A perspectiva do dia seguinte é a única realidade que importa, mas ela necessariamente passa pelo fulgaz momento presente. Não é por acaso que a bíblia cita a necessidade de pensarmos no agora...

O recomeço acontece no agora em função da fantasia de um futuro mais aprazível. De certo, nesse jogo de azar, emaranhado com fios suaves de teia de aranha que mal podemos identificar, mas que formam um sistema complexo-perfeito, só nos cabe segurar no volante de nossa própria existência. Ultrapassagens e olhadas de retrovisor podem ser perigosas, mas que elas fazem parte dessa caminhada, disso não tenho dúvidas. Sejam as nossas ou as dos que nos cercam, elas sempre nos afetarão de alguma forma.

Não existe controle de fato. Também não existe caos completo. O discurso é construido, a vida é conduzida, e seja lá qual for o resultado, a blindagem do fingimento de que somos felizes nos permite seguir. Sem ela, o desepero nos assola... o carro atola.

Não posso concluir sem falar do medo. Implicitamente, ele permeia todo esse pensamento: silencioso, astuto e ao mesmo tempo voraz, ele se faz de co-piloto e se dá o direito de opinar, de sugerir, de decidir. Aos que gostam de dirigir sozinhos, todo o mérito! São esses os verdadeiros libertos, bandeirantes numa escura, densa e perigosa floresta, que no final de cada noite nos brinda com o nascer da luz e com o sussurro dos rios. Ou seria o conrário? Nos brinda, ao final do dia, sempre com a escura dose pesada de realidade de que o que está a uma palma da sua frente é, inegavelmente, o que você não conhece?

Opções... a nós, cabe definir as nossas... Enjoy!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Paixão de mamute


Paixão de mamute...

Eu nunca vi um mamute.

Também nunca vi indivíduo apaixonado que não fique hipertrofiado como um. Apaixonados são insuportavelmente grandes. Não há mundo murcho. Não há dia chuvoso. Neblina não existe.

O apaixonado carrega o corpo no coração. Seu olhar é viciado, viciado a acreditar que tudo é perfeito. Não precisam de mais nada, e foda-se os outros, porque eles não precisam de ninguém mais para se sentirem absolutos, para se sentirem Deuses.

Eis a nota de roda-pé! O contratao é bilateral... e ai o rabo torce a porca!

A verdade pode ser amarga, e a única moeda que você tinha no bolso é na verdade aquela que pode te fazer miserável... forever!

O objeto desejado tem vida própria, da sua forma, ele tem vida própria. Nosso poder de desejo, nada tem a ver com nossa capacidade de conquista... as partes mantém cotas igualitárias. E ai, tudo pode 'babar'...

Ai, os mamutes! Se eles soubessem disso tudo, não teriam se tornado elefantes...